Tuesday, August 28, 2007

DESIGN GRÁFICO NORTE-AMERICANO: A REINTERPRETAÇÃO DOS “GÉNEROS”

A reinterpretação dos “géneros” – associados a determinadas sub-culturas norte-americanas – que Quentin Tarantino tem vindo a fazer, retirando esses “géneros” – o Pulp, o BlackExploitation, o GrindHouse… - do seu contexto original e explorando as possibilidades comunicativas que nascem da descontextualização de linguagens formais muito marcadas, tem vindo igualmente a ser feita por inúmeros designers gráficos norte-americanos.

O que mais se destaca no trabalho de Art Chantry, Casey Burns, Jason Goad, Nate Duval ou, dos menos conhecidos, Lon Jerome ou do estúdio de Buffalo Hero Design Studio, é o modo como eles desenvolvem uma apropriação de linguagens formais tidas como “pobres” – numa atenção ao detrito, ao ruído, ao “trash”, às linguagens marginais – e as integram em contextos potencialmente “nobres”.

Embora se não deva reduzir a fortíssima identidade do trabalho de Chantry ou Goad a este processo de “reciclagem” e “recontextualização” formal de linguagens da “américa profunda” não só esse processo é claro como, ainda, ele revela uma preocupação intencional em reflectir sobre os discursos gráficos “vernaculares” e em jogar com possíveis cruzamentos entre (o que há falta de melhor qualificação) podemos chamar de uma discursividade “mainstream” e uma discursividade “underground”.

Os cartazes para concertos ilustram-no muito bem. Fica uma série de “posters” desenhados por: Art Chandry (os dois primeiros); Frida Clements; Hero Design Studio; Jason Goad (o sexto e sétimo); Greg Harrison; Lon Jerome; Nate Duval e Casey Burns (os dois últimos).











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REACTOR é um blogue sobre cultura do design de José Bártolo (CV). Facebook. e-mail: reactor.blog@gmail.com